10/04/19

Voa passarinho voa!!!




Há passarinhos que se atravessam no caminho e fazem ninho no meu coração!
Assim pequeninos, devagarzinho vão-se aninhando a um cantinho!
Quando voam para longe, nesse voo eterno e infinito, deixam o ninho vazio e uma saudade terna, serena e salgada, sempre e para sempre no meu coração!
SPN

19/03/19

Este ano Farias 94 anos, jamais se apagará a lembrança o Amor da minha Avó VIPI. 
Está a descansar em Paz, sem dores, junto daqueles que ama e que também já partiram, junto de Deus lá no Céu.

Deve comer um pastelinho de nata de vez em quando e com certeza entretém-se a fazer equações universais e a desvendar, agora, todas as duvidas que a tabela periódica escondia. Espero que encontre todos os poetas portugueses que tanto gostava de declamar e também que possa dar um dedo de conversa com o Raul Solnado e com a Beatriz Costa.

Um dia estaremos juntas e abraçar-te-ei e beijar-te-ei ternamente minha querida Avó.
Até lá terei que viver com saudades do teu café único, daquela torta sempre "torta" inigualável e do teu cheirinho a colónia de bebé.
Onde quer que estejas sabes que te AMO para sempre!

14/03/19





É tão urgente Viver!

Inquieta-me esta finitude humana, esta mortalidade latente.

No outro dia assaltou-me um pensamento, enquanto via o sol desaparecer no horizonte, no meio de um céu rosa, deslumbrante, "E se este fosse o ultimo pôr de Sol que eu vejo"??

E, aquele pensamento intrometido e repentino, bateu de frente com o meu coração e de tal forma foi que, num repente e no meio do transito, comecei a chorar, umas lagrimas gordas que parecia não terem fim.

Comoveu-me a ideia de ver tamanho espetáculo caso fosse o ultimo, mas assustou-me também a “findeza” dos meus dias, assim precipitadamente.


Pensei enquanto suspirava profunda e “conformadamente” e se eu amanhã não estivesse cá?

Sabem aquelas perguntas "internas" a que fugimos, mas que por vezes numa sinceridade avassaladora nos devassam a mente e alma? É a essas que me refiro.
 
E se  não voltar a ouvir a voz das minhas filhas?
E Se não voltar a beber o café da manhã tão reconfortante muitas vezes no meio de uma sala desarrumada, cheia de brinquedos no chão?
E se não voltar a sentir o sol na minha cara, tão forte que até fecho os olhos?
E se não voltar a sentir os pés no chão ou o frio nas mãos?
E se não vir novamente o sol nascer?
E se não voltar a ver o mar?

É mesmo como disse Exupery O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração.

É tão urgente viver!
a vida é tão fragil e efemera. 

SP - 14-03
,




21/02/19

No Fim do Verão

No fim do verão as crianças voltam,
correm no molhe, correm no vento.
Tive medo que não voltassem.
Porque as crianças às vezes não
regressam. Não se sabe porquê
mas também elas
morrem.
Elas, frutos solares:
laranjas romãs
dióspiros. Sumarentas
no outono. A que vive dentro de mim
também voltou; continua a correr
nos meus dias. Sinto os seus olhos
rirem; seus olhos
pequenos brilhar como pregos
cromados. Sinto os seus dedos
cantar com a chuva.
A criança voltou. Corre no vento.

Eugénio de Andrade, in 'O Sal da Língua'



09/07/18

Acerca do medo!




O nosso maior medo não é o de sermos inadequados. O nosso maior medo é o de sermos poderosos para além da medida. É a nossa Luz, não a nossa Sombra o que mais nos assusta.

Perguntamo-nos: quem sou eu para ser brilhante, lindo, talentoso, fabuloso? Na verdade, quem és tu para não o ser?
Tu és um filho de Deus. Seres medíocre de nada serve o Mundo. Não há nada de iluminado em te encolheres para que os outros não se sintam inseguros contigo.
Todos nós nascemos para brilhar como as crianças. Nascemos para manifestar a Glória de Deus que está dentro de nós. Não está apenas em alguns de nós, está em todos nós.
E quando permitimos que a nossa Luz brilhe, inconscientemente damos permissão aos outros para fazerem o mesmo. Ao nos libertamos do nosso próprio medo, a nossa presença automaticamente liberta os outros.
(Marianne Williamson)

27/02/17

Just be sure to notice the collateral beauty. It's the profound connection to everything!

Ás vezes andamos tão atordoados, tão absortos em todas as pequenezas da nossa vida, que nem nos apercebemos da "beleza colateral que nos rodeia" como se a vida passasse por nós a preto e branco, quando temos todas as cores disponíveis para pintar a nossa existência.
De repente, coisas que não nos deveriam prender ou tirar o foco, tornam-se demasiado importantes, ocupam espaço demais nas nossas cabeças, impedindo-nos de estar simplesmente atentos às coisas que realmente importam, como se os nossos 5 sentidos estivessem desactivados, ou programados para ir apenas até um certo nível.

Quantas vezes já demos um mergulho tão profundo que no ultimo momento, quando nadamos para a superfície, sentimos os pulmões a explodir numa sensação quase "boa" por termos a certeza que a superfície está mesmo ali, que é certo que vamos inspirar brevemente.

ás vezes sinto isso na vida, nesse mergulho sinto-me feliz, com a esperança certa da superfície ali mesmo ao alcance de duas braçadas, mas não vivo intensamente porque me prendo nas braçadas curtas, nas coisas "desimportantes", que vão chegando aqui e ali e ocupando o tempo e mente e, às vezes perco coisas o fundamental... perco o viver, rir, comer falar e estar com elas e ele.
Que possa sempre estar desperta para o mais importante... para o que realmente importa, porque na verdade e como dia Saint Exupery " o essencial é invisível aos olhos",

 


 

Há que aproveitar o intervalo!!!


14/09/16

Os Jacarandás Floridos!!!

Thoureau, que amava muito a natureza, escreveu que se um homem resolver viver nas matas para gozar o mistério da vida selvagem será considerado pessoa estranha ou talvez louca. Se, ao contrário, se puser a cortar as árvores para transformá-las em dinheiro (muito embora vá deixando a desolação por onde passe), será tido como homem trabalhador e responsável. Lembro-me disso todas as manhãs, pois na minha caminhada para o trabalho passo por um ipê rosa florido.
 
A beleza é tão grande que fico ali parado, olhando sua copa contra o céu azul. E imagino que os outros, encerrados em suas pequenas bolhas metálicas rodantes, em busca de um destino, devem imaginar que não funciono bem.
 
Gosto dos ipês de forma especial. Questão de afinidade. Alegram-se em fazer as coisas ao contrário. As outras árvores fazem o que é normal — abrem-se para o amor na primavera, quando o clima é ameno e o Verão está pra chegar, com seu calor e chuvas. O ipê faz amor justo quando o inverno chega, e a sua copa florida é uma despudorada e triunfante exaltação do cio.
 
Conheci os ipês na minha infância, em Minas, os pastos queimados pela geada, a poeira subindo das estradas secas e, no meio dos campos, os ipês solitários, colorindo o Inverno de alegria. O tempo era diferente, moroso como as vacas que voltam em fim de tarde. As coisas andavam ao ritmo da própria vida, nos seus giros naturais. Mas agora, de repente, esta árvore de outros espaços irrompe no meio do asfalto, interrompe o tempo urbano de semáforos, buzinas e ultrapassagens, e eu tenho de parar ante esta aparição do outro mundo. Como aconteceu com Moisés, que pastoreava os rebanhos do sogro, e viu um arbusto pegando fogo, sem se consumir.
 
Ao se aproximar para ver melhor, ouviu uma voz que dizia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois a terra em que pisas é santa”. Acho que não foi sarça ardente. Deve ter sido um ipê florido. De fato, algo arde, sem queimar, não na árvore, mas na alma. E concluo que o escritor sagrado estava certo. Também eu acho sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas, tão lindas, agonizantes, tendo já cumprido sua vocação de amor.
 
 
Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. O que é milagre para alguns é canseira para a vassoura de outros. Melhor o cimento limpo que a copa colorida. Lembro-me de um pé de ipê, indefeso, com sua casca cortada a toda volta. Meses depois, estava morto, seco. Mas não importa. O ritual de amor no Inverno espalhará sementes pela terra e a vida triunfará sobre a morte, o verde arrebentará o asfalto.
 
A despeito de toda a nossa loucura, os ipês continuam fiéis à sua vocação de beleza, e nos esperarão tranquilos. Ainda haverá de vir um tempo em que os homens e a natureza conviverão em harmonia.
 
Agora são os ipês rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos.
Cada um dizendo uma coisa diferente. Três partes de uma brincadeira musical, que certamente teria sido composta por Vivaldi ou Mozart, se tivessem vivido aqui.
Primeiro movimento, 'Ipê Rosa', andante tranquilo, como o coral de Bach que descreve as ovelhas pastando. Ouve-se o som rural do órgão.
Segundo movimento, 'Ipê Amarelo', rondo vivace, em que os metais, cores parecidas com as do ipê, fazem soar a exuberância da vida.
Terceiro movimento, 'Ipê Branco', moderato, em que os violoncelos falam de paz e esperança.

Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no Inverno...
Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês. E diga-lhes que eles tornam o seu mundo mais belo. Eles nem o ouvirão e não responderão. Estão muito ocupados com o tempo de amar, que é tão curto. Quem sabe acontecerá com você o que aconteceu com Moisés, e sentirá que ali resplandece a glória divina.
Rúben Alves
 

Não sou muito forte!!!

Meu Deus, não sou muito forte,
não tenho muito além de uma certa fé.
Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça.
Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir.
Que eu continue alerta.
Que, se necessário,
eu possa ter novamente o impulso do voo no momento exacto.
Que eu não me perca,
que eu não me fira,
que não me firam,
que eu não fira ninguém.
Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor.
Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre.

15/12/14

Musica

Quando era criança, o meu avô muitas vezes ouvia, Mendelson. Mahler, Beethoven, Mozart e para mim, aquilo era tudo pavoroso, os tons mais altos e mais baixos, a forma como a musica subia e rapidamente descia.... era assustador.
Hoje acho tão maravilhoso, tão inspirador, toca-me tanto, que, penso que realmente tudo faz parte do crescimento.
Até a percepção dessa coisa maravilhosa a que chamámos Musica, passa por um crescimento.

21/10/14

A vida não está nas nossas mãos ♥



Porque pensamos ter a vida nas nossas mãos, mas não.
porque a cada novo dia que nos é dado, nos é dada também uma nova oportunidade, 
Porque a minha realidade é o meu presente,
 o meu futuro não sei sequer se será,
Porque
pode até nem haver amanhã...
Porque eu sou o aqui e agora e é neste momento que habito é nele e por ele que quero viver...

Sonhe com aquilo que você quiser. 
Seja o que você quer ser. 

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. 
Dificuldades para fazê-la forte. 
Tristeza para fazê-la humana. 
E esperança suficiente para fazê-la feliz. 

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. 
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. 
A felicidade aparece para aqueles que choram. 
Para aqueles que se machucam. 
Para aqueles que buscam e tentam sempre. 
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vida

Surf ♥






A minha avó!!!


06/03/11 OLD FRIENDS

Sempre que penso na velhice, recordo esta musica de Simon And Garfunkel, Old Friends,

Sinto-me triste,ao constatar que ela está velhinha, não é a mesma e nunca mais voltará a ser.
Ela deu-me a minha primeira boneca,
Ela acordava-me de manhã para ir para a escola,
Ela preparava-me sempre o pequeno almoço 
Na casa dela nunca faltava a sopa,
Não demonstrava amor mas eu sabia tão bem que ela o tinha, não foi ensinada a demonstra-lo, foi habituada a ser "dura" nunca soube o que era o carinho de uma mãe, nem a presença de um pai.
Ela limpava as minhas feridas, com álcool e tintura iodo, doía mas saravam.

Na sua maneira, quase militar, de ser controlava ou tentava controlar todas as situações boas ou más...nunca percebeu que isso por vezes era mau.

 Foi mãe, mulher, sofreu a dor de perder um filho e mais tarde o marido, cumpriu o juramento na alegria e na tristeza na saude e na doença até que a morte nos separe.

A mãe enlouqueceu tinha ela 4 anos. Ficou só com os irmãos ao cuidado da avó, que, de tanto trabalho que tinha numa pensão/restaurante que possuía em Coimbra, mal tinha tempo para os ver. 

Foi educada pelos criados e cozinheiras, aprendeu cedo a costurar, cozinhar e a ter que se "desenvencilhar" sozinha.

O pai partiu para África, ela estudou e gostava de o fazer. Era inteligente, no entanto nunca o julgou ser.
Aos 14 anos perdeu a melhor amiga, Por essa altura ela e os irmãos partiram de Portugal, para se juntarem ao Pai em África,


Quando lá chegou, teve saudades, mas rapidamente se ambientou e apaixonou pelo continente, onde conheceu o Amor da sua vida, ele era bonito, galã e elegante e sabia disso, ela apaixonou-se e pagou o preço.


Teve 3 filhos, duas meninas e um menino, "cresceu" tornou-se mãe e que mãe, tornou-se esposa e dona de casa, ajudava-os na escola e isso espalhou-se. Rapidamente começou a ter explicandos, a quem ensinava desde o Português à Matemática, ciência de que tanto gosta, ainda nos dias de hoje.
Perdeu, na maior dor da sua vida, o seu único filho varão, envelheceram-se-lhe os cabelos e a alma, nunca mais dormiu da mesma forma, nunca mais acordou sem dar um ai. 
nunca mais voltou a sentir a vida como antes.


Nunca se queixava, nunca estava doente, colocava sempre os outros acima dela, nunca tinha dores. 
Gostava de cantar, mas calaram-lhe o canto, 
teria sido mais feliz com o Judeu? 
talvez. Mas ele não era tão bonito como o Leonardo.


Voltou para Portugal meses antes do 25 de Abril, ele era considerado comunista, homem letrado, professor da escola técnica, nunca se calou relativamente ao que pensava e sentia, começaram a persegui-lo e já tinham assassinado pessoas, voltaram, trazendo o primeiro neto varão.


Ela deixou tudo naquela terra que aprendeu a amar e a apreciar. 
Não voltaria a colocar flores na campa do filho, não voltaria a ver o por do sol em Inhambane nem a fazer a travessia entre lourenço Marques e xai xai.
 deixou a terra amada e voltou á terra mãe, aqui se tornou a ambientar, reaprendeu a viver na metrópole como chamavam em |África.


Ele começou a mudar a ficar estranho, adoeceu na noite de Natal, aqui estava a vida a pregar-lhe outra partida, quando parecia que tudo acalmara, quando parecia que podiam ter uma velhice feliz e pacifica, ele teve um AVC, ficou totalmente paralisado, ela foi visita-lo diariamente ao hospital durante 3 meses, depois trouxe-o para casa, nos 8 anos que decorrerram desde desse dia ao dia em que teve outro AVC que o levou, ela nunca deixou de o tratar, como se fosse enfermeira, fazia tudo por ele, quando ele partiu ela sofreu, mas finalmente descansou.


Quando precisei esteve lá, agora precisa ela, e eu quero estar cá,
Está velhinha, umas vezes mais baralhada que outras, mas, ainda se levanta todos os dias, ainda faz toda a lida da casa, ainda faz o almoço e o jantar, já não tem as forças, nem a memória de outrora. 
Secam-lhe as peles e os ossos já lhe pesam no corpo, o cabelo tá todo branco, e as faces já não tem o rubor da juventude são os 85 invernos a reclamar a sua parte,
Minha Avó Minha Avó ; (




Old friends, old friends sat on their parkbench like bookends 
A newspaper blowin' through the grass 
Falls on the round toes of the high shoes of the old friends 

Old friends, winter companions, the old men 
Lost in their overcoats, waiting for the sun 
The sounds of the city sifting through trees 
Settles like dust on the shoulders of the old friends 

Can you imagine us years from today, sharing a parkbench quietly 
How terribly strange to be seventy 

Old friends, memory brushes the same years, silently sharing the same fears

More lyrics: http://www.lyricsfreak.com/s/simon+and+garfunk
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20/10/14

Oração antes de dormir!!

Oração da Alice antes de dormir....
" Obrigado Deus por teres dado vida aos animais, especialmente á Sara e aos ursos Polares".....

Os Dinossauros ???? foi Deus!!!

Alice para mim com muita certeza....
 Ohhh Mãe...foi Deus que matou os Dinóóssauros!!!
Eu, com grande espanto, respondo em tom de Pergunta..Cooomoo??
Ela muito rapidamente... Com um Pau!!!!

14/10/14

Saudades!!!


Domingo, chovia na rua e eu fritava batatas, abri a janela deixei entrar aquele cheiro maravilhoso a Outono, quando chove mas ainda está calor e de repente, assim muito de repente veio-me à memória o cheiro das batatas fritas da minha avó, e tive tantas saudades, dela, das batatas, desse tempo e fiquei ali, assim, a beber essa saudade.
Passado uns minutos entra na cozinha a Alice a minha filhinha de 5 anos e diz-me assim "hummm batatinhas fritas!!! e sorri para mim. Depois vai-se embora, peço-lhe para fechar a porta da cozinha, por causa do cheiro e ela responde-me... "Nãooo mãe, cheira tãoo bem!!!
E eu pensei para mim.... ora aqui está a criação de uma recordação!!!
Provavelmente, um dia, ela irá recordar este cheiro doce, caseiro, macio, acolhedor, das batatinhas fritas da mãe, como eu recordo saudosa mas feliz o cheiro doce das batatas fritas da minha Avó!!!

04/11/13

02/10/13

Ainda Bem!!!!

Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras Pessoas. E outras coisas...

Clarice Lispector

07/02/13

;(

os gigantes também caiem...e as fortes torres também se abalam.
e o meu mundo abanou, como nunca tinha abanado...
primeiro ano sem ti...
primeiro ano com um vazio de ti...
amanhã faço anos e tu, tu pela primeira vez não vais estar por perto....
isso desassossega-me foste tão rápido e não o digeri...acho que ainda não sinto que foste
e remexe-me o coração e a alma...dói-me uma dor cá dentro bem fundo...respiro fundo tão fundo que penso perder-me nesse inspirar....quando expiro a dor ainda cá está...
sinto a tua falta...todos os dias penso em ti...todos os dias...e quando me lembro...quando caio em mim e penso que já cá não estas.... TU já cá não estás...só me apetece ficar quieta...chorar um choro quente que me alivia a tua falta...uma água salgada...como a água do mar...
Ó minha avózinha tão querida e amada...sinto a tua falta tanto tanto...
meu junquilho querido...

11/01/13

Parte-me o coração pensar que já foste, tento apagar do meu pensamento este vazio, sempre que penso em ti, quando aparece enxoto-o, mas...se por vezes, no bulício do dia se desfaz, dias há em que não consigo parar de pensar em ti... e dói-me no mais profundo do meu ser, no fundo do meu coração, dói-me quase fisicamente, saber que já não estás cá e aos meus olhos aflora água que corre sem que a queira ou consiga parar, e flui e liberta-me desta dor, desta angustia que estaciona na minha garganta.
Custa-me dolorosamente crescer, custa-me perder aqueles que amo há mais tempo, já foram 3 e angustia-me saber que mais virão.
Hoje estou assim triste saudosa, de ti...minha ventania, de ti que em tempos foste o meu mundo...

desde que te foste a minha vida não voltou a  ser a mesma, ainda agora não "digeri" a forma como partiste, nunca mais será, sinto a tua falta, sinto a dor de não ter estado mais contigo....Amo-te profundamente, onde quer que seja que estejas, amo-te.